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E se quem somos nunca for o suficiente para os outros?
Ou: quando é o momento de entender os seus limites
Você já sentiu que apenas ser você não basta? Que precisa estar sempre mudando para continuar na graça dos outros? Ficar se encaixando e se moldando para que os relacionamentos não se percam no caminho ou que as dinâmicas de um ambiente melhorem?
A vida inteira passei por mudanças, que nunca foi algo que me agradou. Sempre fui muito resistente ao novo, a novas rotinas, novos espaços e grandes novidades na minha vida (assim nasceu a Nicole de Morte Cereal). E não é que eu odiasse mudar. Entendia que às vezes era necessário, essas sim eram tranquilas, mas não eram tantas.
Com as mudanças, vinham as adaptações. Sofreu bullying em uma escola? Não seja você mesmo na próxima. Causou algum desconforto numa amizade e levou ela ao fim? Não cause desconforto na próxima, mude seu jeito de tratar os seus amigos. Foi demitido por sabe-se-lá-que-motivo? Deduza qual foi e não repita nunca mais.
Mas o verdadeiro desafio nisso tudo é que o problema não é necessariamente algo que você fez, mas algo que você faz. Algo que é intrínseco a sua essência — ou ao funcionamento do seu cérebro — e não tem como deixar de ser feito.
Não, essa não é uma newsletter sobre mudar hábitos, mas sobre tentar alterar fatos imutáveis sobre si. Como a forma sarcástica de fazer piadas, a sua forma de falar, aquele tique que não tem como deixar repetir ou talvez a maneira como ter duzentas abas abertas aumenta a taxa de distração do seu cérebro — sim, bem específico.
Ok, talvez o último seja um claro sinal de que a ajuda médica é necessária, mas o restante, que diz respeito a sua personalidade e a sua maneira de interagir em grandes grupos de pessoas, não deveria ser algo que as pessoas querem mudar sobre você.
E foi só depois de muito tempo aceitando que talvez eu fosse a pessoa com os piores defeitos possíveis, entendi que não era bem assim.
Não precisamos mudar pra encaixar nas expectativas de como uma amizade, uma família ou uma ambiente de trabalho espera (esse último parece específico, mas pra que contratar alguém que você achou competente e tentar mudar essa pessoa???). O que precisamos é saber os limites aos quais estamos dispostos a ir para continuar nesses espaços.
É óbvio que abusar do não nem sempre é uma boa ideia, mas quando alguém ou algum lugar começa a tirar seu brilho, a fazer mal repetidas vezes, talvez seja a hora de pisar no freio, refletir e decidir se aquela rota é a melhor para seguir ou não.
Estou sendo vulnerável aqui porque esse foi o tema que mais martelou na minha cabeça em maio. Comecei a reparar em como me colocar em primeiro lugar me fez bem. Saber quando me afastar, quando diminuir o ritmo, quando não estar presente e quando estar.
Talvez não te digam isso o bastante, mas: você é o suficiente. Precisamos de conexões humanos, sim, porém precisamos mais de nós mesmos.
Sobre a escrita…
Nesse exato momento, não posso revelar muito, mas aqui estão três coisas que estão acontecendo agora:
A edição está bem avançada e, em breve, vamos ter uma data;
A CAPA JÁ ESTÁ EM PRODUÇÃO, pelas mãos de uma pessoa artista INCRÍVEL. Vai ser uma das minhas capas MAIS bonitas;
Vai emocionar muito. Depois de bastante mudanças para tornar o enredo ainda mais interessantes, essa história vai entregar mais emoção e mais risadas do que as outras versões dela.
Acho que preciso dizer também que estou dando meu melhor para não deixar o livro que vem depois dele na mão e já estou cada vez mais entendo meu próximo protagonistas. Ou seriam próximos protagonistas…?
A próxima newsletter deve vir com nome, data e mais informações. SE LIGA, HEIN!
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Até a próxima newsletter! Que nunca nos falte lascas de parede.